sábado, 18 de agosto de 2012


Geração de Caixa

EBITDA, uma representação da capacidade de geração de caixa das

empresas

Por Aloisio Villeth Lemos – Membro Orientador Credenciado pelo INI e Analista de Investimento da Lopes Filho.

Sem dúvida, há um aspecto fundamental a ser observado na análise econômico-financeira de qualquer empresa: a correta avaliação do seu fluxo de caixa.
A geração de caixa de uma empresa em determinado exercício pode ter várias origens, a começar pela mais natural e esperada, que se dá através da sua atividade principal, vendendo produtos e gerando receitas operacionais. Além disso, é possível gerar caixa via operações não recorrentes, como venda de ativos obsoletos, aumento de capital via subscrição de novas ações, recebimento de dividendos de empresas nas quais possui participações, dentre outras possibilidades.

“O que o Ebitda nos possibilita identificar é justamente a capacidade que a empresa tem de gerar caixa através da sua atividade principal, excetuando-se fatores não recorrentes, fiscais e financeiros.”

Mas o que vem a ser o Ebitda afinal?
Trata-se de uma sigla em inglês, que representa as iniciais de
Earnings Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization , ou em bom português, Lucro Antes dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização , daí decorrendo a sigla LAJIDA, também usada algumas vezes.
Tendo por base a Demonstração dos Resultados, temos várias maneiras de chegar ao cálculo do Ebitda.
Numa delas basta diminuirmos do Lucro Bruto as despesas com vendas e administrativas, assim como outras que sejam ligadas diretamente com o negócio principal da empresa. A rigor, a equação dada pelo enunciado acima levaria ao cálculo do  EBIT, o qual podemos entender como sendo o Lucro da Atividade da empresa (ou Lucro Operacional antes das despesas e receitas financeiras).
Para chegarmos ao Ebitda, somamos ao Lucro da Atividade os valores correspondentes à depreciação e amortização, que se encontram embutidos no CPV (Custo dos Produtos Vendidos) e nas despesas citadas. Normalmente, em empresas industriais a maior parte das despesas com depreciação está contida no CPV, embora não represente saída de caixa, sendo apenas o reconhecimento contábil da perda de valor por desgaste dos itens que compõem o Ativo Imobilizado. E a amortização, via de regra, está ligada ao Ativo Diferido e diz respeito ao reconhecimento contábil de despesas realizadas em exercícios anteriores por conta de benefícios futuros, como gastos com o desenvolvimento de novos produtos ou outros gastos pré-operacionais.

Recapitulando o cálculo a partir da Receita Operacional Líquida, temos a seguinte seqüência:

(+) Receita Líquida

(-) Custo dos Produtos Vendidos

(-) Despesas da Atividade (c/ vendas, administrativas e outras diretamente ligadas às operações)

(=) Lucro da Atividade (ou EBIT)

(+) Depreciação e Amortização (valores que podem ser encontrados no DOAR – Demonstração das

Origens e Aplicações de Recursos, tabela que também compõe as demonstrações financeiras).

(=) EBITDA

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)



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