sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A vez das Pequenas e Médias Empresas - PMEs

Vindo de encontro ao post (Cloud Computing amplia horizonte de negócios) publicado pelo Profº. Drº. Vivaldo José Breternitz em seu blog tecnologianavidadiaria.blogspot.com no qual comenta sobre as inúmeras possibilidades sobre o uso da cloud computing (computação nas nuvens), e a mudança de paradigma que as grandes empresas deverão adotar em suas políticas de TI.  Em contra partida abre espaço para as Pequenas e Médias Empresas - PME's se destacarem em seus ramos de negócios. Como de acordo com Andrade (Gente e Mercado, 2012) comenta:

Pequenas e médias empresas abrem oportunidades para segmento de TI

Por: Álvaro Andrade
Gerente Regional Norte/Nordeste IBM.
 
 
Uma das maiores forças motrizes da economia brasileira, o segmento representado pelas pequenas e médias empresas tem vivido um dilema: se por um lado o mercado, com consumidores ávidos por novos produtos e serviços, apresenta um imenso potencial de crescimento, por outro a falta de base tecnológica para suportar o crescimento e aumentar a competitividade dos negócios representa uma difícil barreira a ser transposta para atingir rapidamente um novo patamar de negócios.
 
Apesar disso, temos visto uma profunda mudança em curso que, se não permite ainda dizer que o dilema está totalmente equacionado, apresenta um horizonte extremamente positivo e animador. As PMEs têm saído em busca de ferramentas para equacionar a necessidade de crescimento versus a capacidade limitada para investir em complexas plataformas tecnológicas – até então disponíveis apenas para grandes corporações. Ao mesmo tempo, as gigantes do setor estão percorrendo a outra metade do caminho, adaptando ou criando um portfólio de soluções para atender à demanda desse mercado que, ainda emergente, já sinaliza ser um dos mais atrativos tanto por sua robustez quanto por seu crescente apetite por novas tecnologias.
 
A robustez do segmento pode ser mensurada pelo número de negócios, que já ultrapassa a casa dos seis milhões no Brasil, sendo quase um milhão deles localizados no Nordeste brasileiro, uma das regiões de destaque na abertura de PMEs. Estudos apontam que as oportunidades de Tecnologia da Informação (TI) nesse setor no Brasil significam algo em torno de US$ 5,6 bilhões em 2012.
 
O apetite por novas tecnologias ultrapassa a simples questão da sobrevivência num mundo global e impõe-se cada vez mais como fator de competitividade e de sustentabilidade dos negócios. Um exemplo das potencialidades de expansão da adoção de tecnologias é o varejo, onde 70% das empresas ainda carecem de ferramentas já disponíveis como CRM, fundamental para aprofundar o conhecimento e as relações com clientes, aumentando o poder de conquista e fidelização.
 
Outro exemplo são as soluções inteligentes aplicadas à logística e aos sistemas de transporte público, que podem representar um grande diferencial competitivo para as empresas. O roteamento mais racional, apoiado por modelos estatísticos sofisticados, pode se traduzir em redução de custos, conforto para os usuário e clientes, qualidade de vida para os funcionários e menos emissão de poluentes na atmosfera.
 
Fato é que, com o mercado mais maduro e, portanto, mais exigente, as empresas de pequeno e médio porte têm demandado tecnologias avançadas, mas que não comprometam a capacidade de investir na busca da excelência do seu produto final e na expansão da produção. Ou seja, soluções que suportem seu crescimento orgânico e sejam plataformas seguras para continuarem ganhando musculatura. Ao mesmo tempo, essas inovações tecnológicas precisam trazer embutidas soluções que atendam a outro importante anseio dos consumidores, a produção cada vez mais limpa e sustentável.
 
Para atender esse mercado em constante evolução, empresas que antes tinham como foco a criação de soluções com nível de complexidade apenas para grandes corporações redesenharam o mapa de prioridades e, neste novo traçado, se colocaram ao alcance das PMEs. Ganharam capilaridade, apostando tanto na ampliação do atendimento virtual quanto na presença física, seja montando estruturas próprias por meio de expansão geográfica ou buscando parcerias com empresas das localidades onde as demandas se mostram atrativas.
 
Atenta às peculiaridades do setor, as empresas “empacotaram” soluções sob medida, integraram softwares, desenvolveram equipamentos, formaram equipes específicas para atender o segmento, abriram linhas de financiamento e colocaram suas estruturas físicas e seus produtos à disposição dos clientes. A integração de sistemas possibilitou agilidade na tomada de decisões e sinergia de processos, reduzindo custos de produção e gerenciamento, ao mesmo tempo em que abriu espaço para novos insights em relação ao mercado.
 
"A possibilidade de armazenamento e acesso remoto de dados e de sistemas de informação, compartilhando infraestrutura das grandes empresas, já há alguns anos decretou a derrubada das paredes dos grandes ‘CPDs’, cujos gastos com espaço físico e manutenção do ambiente eram incompatíveis com o porte das pequenas empresas. A novidade ainda possibilitou a adoção de práticas sustentáveis como a redução do consumo de água e energia elétrica."
 
Nesta nova realidade, em que outras fronteiras vêm sendo desbravadas, as inovações chegam ao mercado moduladas para atender clientes de diferentes portes, eliminando as barreiras tecnológicas entre grandes e pequenos, quando se trata de obter eficiência e produtividade com custos acessíveis.
 
O modelo de cloud computing, ou a computação na nuvem, por exemplo, tem tudo para levar sofisticação às soluções tecnológicas para as pequenas e médias empresas. As PMEs passam a ter um horizonte favorável para crescerem, apoiadas por tecnologias de ponta que suportem seus processos e alavanquem seus negócios.
 
 
 
 
 
 
ANDRADE, Álvaro; Pequenas e médias empresas abrem oportunidades para segmento de TI. Gente e Mercado. 2012. Disponível em



 
 

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