Nos anos seguintes, o parque
paulistano se tornou famoso ao lançar novos brinquedos cada vez mais modernos,
como a montanha-russa Tornado em 1982, e promover grandes eventos. A área do
parque foi ampliada para abrigar novas atrações e oferecer mais conforto e
serviços aos visitantes como o Orca Show, um espetáculo de acrobacias de
golfinhos (inclusive Flipper, o famoso golfinho do seriado de TV) e baleias em
um tanque (1983 a 1989), e o Show dos Ursos, em que atores vestidos de ursos
cantavam e dançavam. No final da década de 80, foi realizada a primeira edição
das Noites do Terror, que se transformaria no evento mais rentável do
PLAYCENTER a partir da próxima década.
A década de 90 foi marcada por algumas inovações, entre elas o PLAYCIÊNCIA,
criado em 1997 como um programa pioneiro na aplicação do conceito de
“edutainment” (união dos termos educação e entretenimento em inglês) na América
Latina. Nesta época, a GP Participações, que detinha 50% das ações do
empreendimento, assumiu o controle da empresa. Apesar da aposta, o setor de
parques de diversões como um todo decepcionou investidores nos anos seguintes,
principalmente por conta da forte desvalorização do Real em 1999. E o
PLAYCENTER estava no meio da crise. A controladora decidiu, em 2002, vender o
empreendimento, e Gutglas, que estava afastado desde 1997, retomou a direção
com o objetivo de revitalizar o parque, que não recebia investimentos desde
1998.
Ao retomar a
administração do Playcenter em 2003, o empresário Marcelo Gutglas tinha um
grande desafio: salvar o famoso parque paulistano. Após o parque passar por uma
ótima fase de investimentos em 1998, o Playcenter iniciava uma grande crise,
provocada pela construção do até então "Playcenter Great Adventure".
Depois de muitos problemas, o novo parque acabou sendo chamado de "Hopi
Hari" e se desvinculou do Grupo Playcenter.
A atenção que o Playcenter recebia
pela sociedade foi se dispersando e os olhos da população se voltaram para o
Hopi Hari, na época, um novo parque... Um parque de primeiro mundo... Tudo
muito impecável e novinho! Já a situação do Playcenter era a oposta: falta de
investimentos comprovavam a "decadência" do parque. Eram constantes
os comentários do tipo "O Playcenter vai falir!". As pessoas que
visitavam o parque se deparavam com muitas atrações fechadas para manutenção,
algumas com a pintura bastante ultrapassada e pichações. A saída? Baixar o preço do passaporte. Com
isso, o nível das pessoas que visitavam o Playcenter caiu muito, assustando as
poucas famílias que ainda visitavam o parque e que acabaram encontrando no Hopi
Hari uma ótima opção de lazer.
Se a situação continuasse assim, o jeito seria fechar as portas, porém o empresário Marcelo Gutglas, que recomprou o Playcenter em 2003, tinha um grande desafio pela frente: recuperar o parque e também sua imagem.
Se a situação continuasse assim, o jeito seria fechar as portas, porém o empresário Marcelo Gutglas, que recomprou o Playcenter em 2003, tinha um grande desafio pela frente: recuperar o parque e também sua imagem.
A partir daí, começava o
"Projeto de Reestruturação do Playcenter". Foram feitos vários
estudos para definir os novos rumos que a empresa iria seguir. O parque
pretendia voltar a ser um local para a família inteira e não um parque apenas
para jovens, como na gestão anterior, já que a família é o público que mais
gera receita para o parque atualmente.
Logo no final de 2004, todo o terreno
próximo à entrada do parque foi cercado por tapumes e ali começava a construção
de uma nova área infantil, mais atraente e moderna, com algumas novas atrações
voltadas para as crianças que, há alguns anos atrás, não tinham muitas opções
de brinquedos.
A maioria das atrações foi recolocada
no parque: o Turbo Drop foi montado onde existia um espaço para funcionários
atrás da curva do Waimea. A atração ganhou uma nova cor (laranja), para chamar
mais atenção. No topo da torre, foi atualizado o logotipo do parque, mostrando
que a partir dali, começava uma nova época... Começava "O novo Playcenter
do Playcenter"!
E era com essa frase que diversas
placas espalhadas pelo parque diziam: "Em breve, um parque ainda melhor
para você! Em breve, o novo Playcenter do Playcenter!" Ninguém entedia
nada! O parque sendo cortado ao meio, atrações desativadas e várias placas
assim espalhadas? Seria o fim? Ou o recomeço?
Logo após o parque já ter desativado
completamente os terrenos que não iriam mais fazer parte da empresa, começava
mais uma ação: reorganizar e melhorar sua estrutura. Na época, foi construída
uma mega Praça de Alimentação, com capacidade para mais de 1000 pessoas. O
Playcenter também ganhou uma nova área de shows e eventos, além de reformar
todos seus sanitários. Também na mesma época, algumas atrações do parque foram
reformadas e ganharam uma nova pintura. Novas filas foram instaladas, inclusive
novos jardins. A portaria do parque foi modernizada com catracas eletrônicas. O
local mais parecia um canteiro de obras! O Playcenter ganhou uma nova
comunicação visual.
Logo
após começou a montagem da Windstorm, nova montanha-russa do parque, sendo a
primeira nova atração do "Novo Playcenter". Já em agosto, começava
mais uma edição de um dos maiores eventos temáticos do mundo: as "Noites
do Terror", que apresentaram a edição "O Vale do Medo" - primeira
edição do evento após a redução do terreno. As "Noites do Terror"
foram um sucesso, e as pessoas começavam a perceber que o parque não estava
falindo e sim renascendo.
Em 2006, com o parque completamente
"arrumado", começava mais um ponto importante do processo de
reestruturação: cuidar do visual do parque, e para isso, foram plantadas mais
de 500 árvores por todo o seu terreno. Uma das vontades do empresário Marcelo
Gutglas era fazer do Playcenter um grande bosque, repleto de árvores, atrações
e tudo em um ambiente bastante agradável. Muitos jardins foram feitos no
parque, além de praças com um belo paisagismo. Algumas atrações foram
reformadas, uma delas o Double Shock, que ganhou novas cores e ficou ainda mais
bonito.
Já em maio de 2006, começava o ponto
crucial do projeto: fazer com que as pessoas pensassem no Playcenter de uma
outra forma... Descobrisse o "Novo Playcenter", voltado para a
família, e que estava totalmente reformado e com novidades a caminho. Para
isso, foi lançada a campanha "Playcenter Uuuaauuu!!" Junto com a
campanha, vieram grandes outdoors nas principais vias de São Paulo.
Já nas emissoras de rádio, era criado
o "Uuuaauumetro", onde no comercial, um cientista testava a
intensidade do "uuuaau" das pessoas: "Entrar no Orkut,? Uuaauu!
Visitar o Playcenter? Uuuuuaaaaaaaauuuuuuuuu!!!" O comercial ficou muito
famoso e desde o primeiro, foram lançados vários outros... Já na Internet, o
Playcenter ganhava um novo portal. Começou a reforma do site do parque, que
voltou totalmente moderno, com muitas fotos das atrações, espaço para download
de papéis de parede e "Uuuaauupeapers", fotolog, mapa, roteiros,
entre outras coisas.
Em agosto de 2006, começava a 19º
edição das "Noites do Terror", e desta vez, com o tema "O Final
dos Tempos". O Playcenter mostrava uma das suas melhores edições, com 3
grandes labirintos feitos pela Indiana Mystery e mais 10 atrações de terror,
entre cenários, passagens e tematizações. Foram mais de 120 atores e o evento
chegou a bater recorde de visitas. Mais de 500 mil pessoas em 54 dias de
evento, e para diminuir as filas, o parque trouxe um Crazy Dance temporário,
que permaneceu cerca de 3 messes por lá. O parque fechava 2006 com recorde de
público e também de faturamento.
Em 2007, o Playcenter ainda
continuava com as reformas de algumas atrações como: Autopista, Splash (reforma
mecânica), Magic Motion (novo filme), Looping Star (novo carrinho) etc. O
Playcenter também levou adiante a idéia de transformar o parque em um
verdadeiro bosque, e junto com a fundação S.O.S Mata Atlântica, ganhou o selo
"Em dia com o Planeta. Carbono neutro!". Pela grande quantidade de
árvores plantadas, o parque neutralizou a emissão de carbono gerada por ele
mesmo, e também aproveitou para abrir uma nova atração: o espaço
"Florestas do Futuro", onde os visitantes podem ver painéis falando
sobre a preservação ambiental, conferir algumas árvores em extinção e aprender
a plantar árvores.
Já em abril de 2007, começava o
DiverCidade, evento que reuniu diversas atrações e shows. Em junho, chegou ao
parque o Tagadisco, que foi muito pedido pelos "PlayManíacos" em
parceria com a comunidade do Playcenter no Orkut. O parque estava reformando a
atração, que só chegou a operar no início das Noites Do Terror (20ª edição) e
juntamente com o evento, circulava um mistério: "Direto da África, a Nova
Atração do Playcenter!" Tratava-se do Mistério da Monga, atração projetada
pela Indiana Mystery desde o início do ano. Novembro chegou e a atração abriu
com sucesso de critica e público. A Monga ganhou um forte marketing e foram
divulgados 3 comerciais sobre ela na TV. Sem dúvida, um grande sucesso Mas antes de tudo isso acontecer, o parque entra em
crise no anos 2000, quando o Ebtida (lucro antes de juros, investimentos,
depreciações e amortizações) caiu de R$ 12 milhões para R$ 2 milhões. Em 2003, por
exemplo, houve um dia no qual o Playcenter registrou 30 visitantes - a
capacidade é para 15 mil pessoas.
Para crianças. Em 2004, houve atrasos de aluguel e
funcionários foram demitidos. O parque chegou até a devolver 12% de sua área
para evitar uma ação de despejo. Para tentar atrair um novo público e fechar as
contas, o grupo Playcenter planeja agora gastar R$ 40 milhões entre pesquisas,
projetos, instalações, atrações e marketing para criar um novo parque temático
infantil, nos mesmos moldes do extinto Parque da Mônica (Shopping Eldorado) ou
de parques estrangeiros como o Legoland ou o parque de Asterix na França.
Em 2001 a situação do parque piorou devido a um
acidente, 32 pessoas chacoalhavam em
uma geringonça gigante chamada Double Shock, que sobe a até 12 metros do chão e
gira verticalmente, como um pêndulo. Em uma das primeiras voltas, porém, uma
das quatro travas de segurança se soltou, arremessando oito visitantes de uma
altura de 7 metros.
O episódio com o Double Shock golpeou o Playcenter
em um momento crítico. Em setembro de 2011, um dos dois trenzinhos que se
alternam na montanha-russa Looping Star não conseguiu frear e se chocou com o
outro, deixando um saldo de dezesseis feridos — a maior parte deles com pouco
mais de 10 anos de idade. A falta de renovação das atrações do Playcenter é
um dos principais motivos de sua decadência.
Por fim em
2012 o parque fecha suas portas, segundo Gutglas, a decisão de mudar o foco do
Playcenter foi tomada há dois anos. "Nos dias de hoje, uma empresa como a
nossa precisa se reinventar sempre e após muitas pesquisas identificamos a
falta de parques de diversão para a família toda em São Paulo. A partir dai,
definimos que o conceito do novo parque é oferecer serviços e atrações de
qualidade, onde pais e filhos possam se divertir juntos”.
Conforme Gutglas, o novo parque quer oferecer à
família serviços e atrações que possibilitem uma interação entre pais e filhos.
"O projeto prevê brinquedos em que os pais sejam incluídos na brincadeira,
desfrutando com seus filhos de experiências novas, dentro de um ambiente único,
com capacidade limitada a um máximo de 4.500 visitantes por dia", conta. O
atendimento e serviços prometem ser "premium", nos moldes dos
internacionais Legoland e o Nickelodeon.
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